Computadores
em sala de aula
Métodos
de usos – Carmem Barba/Sebastià Capella
Educação 2.0
O
conceito escola 2.0, busca tirar proveito dos desafios, das oportunidades e dos
desejos de mudança de um número cada vez maior de educadores, que veem a
tecnologia como peça chave para transformar a educação. Todavia, existem
resistências e interesses para que não se mude nada relevante. O maior desafio
que a escola de hoje enfrenta é preparar os jovens para viver na sociedade da
informação.
A revolução digital, transforma radicalmente
a forma como produzimos, codificamos, armazenamos, reproduzimos e comunicamos a
informação e de como essas mudanças significam oportunidades sem precedentes
para a educação, oportunidades que a escola não pode desperdiçar. As
tecnologias da informação e da comunicação são o sistema nervoso da nossa
sociedade.
Mas antes de falar da educação e da escola, é
necessário entender o que está acontecendo fora dela.
A WEB 2.0
Web
2.0 é um
termo criado em 2004 pela empresa americana O'Reilly Media para designar uma segunda geração de
comunidades e serviços, tendo como conceito a "Web” como plataforma".
O rótulo 2.0 tem se popularizado tanto que
seu significado começa a ser ambíguo. Mas a verdade é que o termo caiu na
imaginação popular. Prova disso, são os 120 milhões de resultados que aparecem
no Google se procurarmos “Web 2.0”.
A web
2.0 é utilizada para designar outro lançamento em que os usuários, anteriormente
passivos, assumem um papel central. Assim, simplificando muito, o jornalismo
2.0 é aquele em que os leitores participam ativamente da criação dos conteúdos
e a biblioteca 2.0 é aquela em que não só são consultadas obras, mas também,
são oferecidos meios digitais para a criação de artefatos culturais aos
usuários. O rótulo 2.0 costuma está relacionado a serviços que promovem a
participação e a produção de valor por parte dos usuários ou consumidores.
A Web
2.0 é a rede como plataforma, estendendo-se a todos os dispositivos
conectados: as aplicações Web 2.0 são
aquelas que utilizam a melhor das vantagens intrínsecas desta plataforma.
A Web 2.0 propõe uma arquitetura e uma visão
dos interesses e das necessidades dos usuários muito diferentes.
O aumento da banda larga permitiu ampliar
bastante o tipo de meios que é possível distribuir pela internet via web. Além
de textos (com lincks) e imagens,
agora temos áudio, vídeo, mapas interativos, streams ou fluxos de informação de diversos formatos em tempo real
(como TV ou música), serviços interativos de comunicação (chat, etc.), ferramentas para criar em rede conteúdos de todo tipo
e muitas outras formas de criar, organizar e difundir a informação.
Tem havido uma explosão na quantidade de
informações disponíveis em rede, o que tem exigido o uso de bases de dados e
servidores potentes para administrá-las adequadamente.
Essas informações já não são fornecidas
unicamente pelo administrador do site. Muitos serviços na realidade são base de
dados que armazenam e organizam as informações adicionadas pelos próprios
usuários: as fotografias dos Flickir,
os vídeos do You Tube, os blogs do Blogger ou wordpress,
etc., são colocados nestes serviços pelos usuários.
Os usuários que acessam esta informação
dispõem de sistemas para comunicar e interagir entre si em relação aos objetos
que partilham ou acessam.
A web como plataforma
O aspecto mais revolucionário da Web 2.0 seja o fato de que na
informática de escritório, em que os documentos e aplicativos dos usuários
estão armazenados em seus computadores, a web
transformou-se na plataforma informática padrão. Ou seja, tanto o
aplicativo quanto os documentos são guardados “na nuvem”, ou seja, na rede. A
principal implicação é que o usuário só necessita de um computador não muito
potente, mas com bom acesso à rede, para poder trabalhar. O software fica hospedado na internet e é
acessado por um simples navegador (browser).
Antes, para elaborar um texto era necessário
um computador com um sistema operacional e um aplicativo de edição de textos.
Além disso, se o documento era elaborado entre várias pessoas, era necessário
enviar por e-mail cópias atualizadas a todas elas depois de cada modificação.
Depois de diversas etapas, a gestão das mudanças e as versões do documento eram
um verdadeiro embrulho. A solução ideal é que o documento seja único, acessível
em rede e com sistema de gestão dos participantes (para evitar a edição
simultânea). As aplicações como Google
Docs permitem criar e administrar documentos do texto, apresentações, calendários
e planilhas eletrônicas hospedadas em seus próprios servidores na rede com
aplicativos hospedados também na rede. Só é necessário um navegador para
internet e uma conta grátis no Google.
Outra consequência de a web ter se transformado na plataforma informática é que todos
nossos software e documentos estão disponíveis a toda hora e em todo lugar e
por meio de uma grande variedade de dispositivos.
O acesso de qualquer lugar à internet tem
propiciado o surgimento de novos tipos de aplicativos. Os usos educativos deste
tipo de aplicativo ainda não foram bem explorados.
A
web da leitura e escrita
Um aspecto essencial da Web 2.0 e que diferencia da Web
1.0 é a facilidade com que os usuários agora podem se tornar criadores de
conteúdos.
Pensamos agora na “blogosfera”, o sistema
formado por todos os weblogs ou blogs da internet e suas interconexões.
Abrir um blog na internet é uma
questão de minutos, colocando à disposição de qualquer usuário nossos textos e
imagens, ideias e conceitos, críticas e opiniões. Só é necessário seguir as
instruções dos sites que oferecem de graça. Essa é a causa da existência de
milhões de blogs que funcionam, isoladamente, como pequenos meios de
comunicação de massa, direcionados para um público determinado ou de forma
coletiva, mediante suas conexões, como um universo de discurso. Os blogueiros
da internet são ao mesmo tempo leitores e autores, consumidores de informação e
criadores de conteúdo.
É verdade que o aumento de canais de
comunicação e o fato de qualquer um poder ver sua obra divulgada na internet
muda o sistema tradicional de publicação e difusão da informação. Hoje, o
controle de qualidade está (ou deveria estar) no receptor, não no emissor, como
supostamente ocorria no passado.
Mídias, Inovação e Adaptação.
Nós como educandos acadêmicos do século XXI,
temos que estar abertos para nos
Apropriarmos,
com a
constante evolução das tecnologias que vem avançando sistematicamente,
inclusive na sala de aula.
As TIC abre a escola para o mundo permitindo atender
à diversidade tecnológica num mundo tão complexo.
O mundo vive em constantes mudanças que estão
sendo produzidas em todos os níveis relacionados à informação e ao
conhecimento.
Devido a esse crescimento exacerbado
especificamente nas áreas nas áreas tecnológicas, exige mudanças importantes e
urgentes que sejam úteis ao nosso aprendizado.
Nós vivemos conceitos pré estabelecido de que à
educação tem que ser arcaica, sem precisar de novas descobertas tecnológicas
inclusive em algumas escolas que vem “puxando” resquícios do passado. Como
afirmava o autor francês Émile Durkheim que era extremamente conservador e que
o ser humano não precisava de mudanças significativas tinha que seguir aquela
linhagem conservadora.
Mas para outros historiadores da educação a
sociedade a sociedade não está vinculada à regras pré estabelecia, mas em
constante evolução e desenvolvimento.
José Carlos Libâneo (2004).
Vivemos uma revolução tecnológica. Seus sinais
estão por todas as partes, inclusive em algumas escolas. E como toda revolução
há um período de agitação e caos em que as “velhas estruturas” fracassam e vem
por terra. Mas ainda não se vislumbra claramente o que ou quem irá
substituí-las.
Mas à revolução também gera resistência. Algumas
delas inflexíveis.
Entretanto à revolução digital, é uma
transformação radical da forma como produzimos, codificamos, armazenamos,
reproduzimos e comunicamos à informação.
A utilização de recursos tecnológicos e das
mídias na educação vem sendo um assunto em constantes discussões nas últimas
décadas. As novas linguagens trouxeram para a educação desafio e reflexões para
a prática pedagógica. Junto a isso a escola vem enfrentando severas críticas
por não atenderem essas necessidades, sendo assim tornam-se “alienantes”.
Percebe-se um descompasso entres os interesses docentes aos discentes,
resultando dessa forma no comprometimento da qualidade de ensino. O processo de
desenvolvimento dos recursos tecnológicos no âmbito escolar deveria
proporcionar uma utilização de maneira correta e ordenada para o
desenvolvimento educacional, e considerando que educadores e educandos podem
construir coletivamente essa aprendizagem em caráter efetivo.
À “educação
desenvolve as faculdades, mas não as crias”.
Voltaire.
A
internet como biblioteca
Na continuidade o autor explica a
quantidade dos recursos que a internet oferece para facilitar a produção do
aprendizado através dos materiais disponíveis na rede. São dados como exemplos:
a)
Ter uma aula de inglês numa visita ao
museu britânico;
b)
Poder ler fac-similes históricos;
c)
Consultar estatísticas oficiais;
d)
Ler os clássicos nas bibliotecas
virtuais;
e)
Ver as fotos da NASA.
Com esses exemplos é justificada a
utilização da internet nas escolas.
Ele chama a atenção para alguns docentes
que utilizam a internet como um “livro didático on-line” onde numa página ou
num site esta tudo que o aluno precisa saber sobre determinado assunto. E na
verdade deve ser feito é a procura de materiais autênticos que possam ser
utilizadas em trabalhos (pesquisas, projetos).
É sim uma fonte de conhecimentos escolar
mais não substitui os livros.
É um recurso que oferece ao aluno a
possibilidade de obter visões diferentes sobre um mesmo assunto, com isso ele
pode analisar, valorizar e integrar as informações : esta é a essência da
construção do conhecimento.
Quando a internet é utilizada como fonte
de informações diversas e de recursos selecionados por seu valor educativo ela
pode trazer benefícios como uma biblioteca de recursos. Há projetos que
utilizam esse recurso.
A
internet como imprensa
Aqui são descritos e definidos pelo
autor todas as atividades nas quais se utiliza a rede como um elemento de
motivação onde os estudantes podem gerir e divulgar suas produções digitais.
Qualquer que seja o produto: textos,
imagens, apresentações, músicas, vídeos, links de acesso, etc. ele pode
compartilhar com a família, amigos, comunidade, em lugares distantes.
O ato de publicar algo que foi criado e
elaborado da um novo significado,
porque se torna conhecido, ao contrário do papel que fica esquecido numa
gaveta.
Quando se publica o resultado de um
trabalho do estudante há reconhecimento da escola e de suas atividades.
Mostram o processo de como esta sendo
gerado o aprendizado. Devem também ser mostradas as habilidades que são
necessárias para a produção do tipo de formato que foi utilizado ( o vídeo, a
música, etc..)
Com isso está sendo demonstrado que ser
um usuário da internet está muito além do simples consumo de informações,
daquele que navega a esmo ou só para se comunicar com amigos.
E numa sociedade em que os meios de
comunicação de massa estão em poder de alguns poucos grupos econômicos, a
internet torna-se um dos poucos meios de expressão do cidadão comum.
Os blogs são ferramentas que facilitam a
publicação e a comunicação pessoal, muito além do discurso dominante.
A Internet como canal de comunicação
A internet como canal de comunicação, aglutina as
atividades realizadas (professores e alunos) de diversas escolas e, inclusive,
de diversos países, que utilizam a internet para se comunicar entre si e para
trocar informações. Ela implica uma forma diferente de trabalho colaborativo em
que a perspectiva de construção coletiva do conhecimento adota a forma mais
explicita.
A Internet como “storytelling” (“ contar histórias ”)
A internet como storytelling, se baseia na disponibilidade de ferramentas que
facilitam o trabalho com a informação em múltiplos formatos (textos, audios, vídeos,
etc.), em coletar essas informações de maneira inovadora e comunicar de maneira
global, permitindo elaborar relatos multimídias de forma colaborativa e
participar em um discurso coletivo.
A Educação 2.0
Além das metáforas gerais sobre os possíveis usos
educativos da internet, a postura em educação significa quebrar o isolamento
tradicional, as escolas como ilhas, para transforma-las em nossas de redes
diversas: redes locais e internacionais, redes de aprendizado para alunos e de
desenvolvimento profissional para os professores. A educação 2.0 não significa
unicamente a utilização das novas ferramentas para o aprendizado dos conteúdos.
Mapa Conceitual
Seminário apresentado por Ana Maria, Margareth Figueirôa, Mariana Esaú e Mayara Siqueira em 03/12/2012, na aula de Tecnologia da Informação e da Comunicação do
Professor Fernando Pimentel.